Canta pra
mim “uma canção perdida no universo”.
Passamos
por algumas experiências na vida e não sabemos o tempo do sorriso. O tempo da
alegria, o tempo de um sonho encantado de que não havíamos planejado e por conta disso, ficamos perdidos neste sorriso inesperado.
Hoje vou escrever sobre gente, arte, poesia e música.
A
experiência de ouvir cantar – ao som do violão – uma letra de minha autoria é algo
que passa do sobrenatural e vai ancorar nas bordas de uma manhã de abril.
Ouvir
alguém cantando uma letra minha é um troço meio mágico. É assustador porque somos
tomados de um encantamento tão grande, que definições seriam necessárias aos
caminhões e mesmo a falta de argumentação seria uma montanha por conta dessa
necessidade sempre do coração: VIVER.
Cada dia
que se vive é o mesmo e é outro. A menos que algo aconteça e ainda assim seria
o mesmo dia e outro; ainda que a música acontecesse e ainda assim seria música e
poesia.
Poesia.
Música. Gente.
Gente.
Música. Poesia.
Trio
inesperado que me fez tão feliz neste começo de ano.
Não quero
ser exagerada, mas não posso.
Quando ouvi
o JEFFERSON GUEDES cantando um poema de um amigo meu, pensei nesta
possibilidade minha, nesse verbo meu e música. Falei pra ele nesta
possibilidade e ele disse “SIM”.
Então, meus
queridos...
Numa dessas manhãs de janeiro, o Jefferson
chegou assim calmo e gentil como ele é. Sem pressa e sem rodeios e cantou
CÓDIGO RIMADO, poema do meu livro ATRÁS DA COR e mostrou-me um azul feito dedos articulados sobre as cordas. Um céu de gente. Azul diferenciado porque ele cantou com
seu perfil. Acho que ele nem sabe o quanto é GENTE BOA. Ele é uma pessoa que
faz falta não pelo cargo que ocupa e, é bem interessante pensarmos na
importância de uma pessoa pelo seu posto, pelo seu cargo. Não, ele é de uma
simplicidade que me faz pensar em diamantes. Poderia ser uma flor, mas essa
simplicidade de que falo tem um brilho duradouro, verdadeiro, valioso que a
flor mesma com sua beleza não alcançaria. O tempo de uma flor é tão curto que
não procederia nesta comparação a que me refiro.
O JEFFERSON
GUEDES é a primeira pessoa que cantou um verso meu. Meu amigo, colega de
trabalho: UM ARTISTA!
A parte de que gosto mais é esta:
Lua
Canta pra mim
Uma canção perdida...
***
Quem quer saber sobre felicidade?
Luzia Almeida