quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Raquel de Flor

De flor em flor... o amor.
Uma pessoa não precisaria ser só pessoa. Uma pessoa também poderia ser flor que eu deixaria!...
Assim, gente-flor nasceria mais e o planeta seria mais bonito, mais atraente, mais colorido, mais perfumado. Enfim, o planeta seria mais Raquel!...
A metáfora pode não ser inédita, mas revela todo o meu carinho por você RAQUEL MONTEIRO. Carinho que se traduz nesta metáfora de jardineira que sou. 
As flores são perecíveis eu sei, mas ninguém desacredita delas porque há beleza, há cheiro e os poetas precisam demais delas para compor. 
As flores são perecíveis, é verdade! Mas o importante á alegria que sentimos ao vê-las... desabrochando para o sol e as estradas seguem nesta mesma direção de riso, de felicidade.
As flores são nossas amigas, todo mundo sabe disso. E hoje é um dia de flor por excelência. Um dia de flor-menina que Deus nos concedeu para que a vida também fosse feita de amor.

FELIZ ANIVERSÁRIO, MINHA PRINCESA!

Luzia Almeida

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Eu tenho um amor...

... e hoje é seu aniversário!
Bom pra mim que gosto de escrever, que vivo escrevendo sobre as cordas do meu coração.
Bom pra mim que tenho tanto a agradecer a Deus por ter me dado um bom marido: carinhoso e sensível.
Então, junto com as orquídeas desse dia eu quero sentir essa luz magnífica que é a própria vida e o que ela me traz: vontade de viver cada vez mais com quem eu amo.
Olha só!
Há um sossego nesse dia de luz.
Há um caminho de estrelas
e um encontro de poemas pululando como borboletas inquietas. Tudo, tudinho marcando a existência dele que me faz feliz muito além daquilo que eu esperava. E a felicidade se descortina num espaço cotidiano onde de flor em flor eu me fio nesse tecido de amor.

Humphrey, feliz aniversário!

Luzia Almeida

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Menina-moça

A Literatura é um veículo de amor e de descoberta. Todos os que amam e lêem poderão concordar comigo e a intertextualidade é a prova de que as escritoras MARINA COLASANTI e MARIA LÚCIA MEDEIROS são grandes inventoras de sentimentos, esses mesmos de que somos capazes:
                                       Menina-moça
         A moça tecelã estava farta de solidão, mas não iria correr o risco de tecer outro marido que suas costas ainda estavam doendo de tantos palácios e cavalos. Levantou-se depois de tecer a lua e foi sentar-se num banquinho próximo a uma mangueira em frente de sua casa e pôs-se a contemplá-la. E a noite transcorreu sem novidades.
          Na manhã seguinte ficou andando pela cozinha à procura de uma ideia. O peixe já estava no sal e no limão e o cheiro-verde lavado e cortado junto com a cebola e o tomate. Só faltava três folhas de chicória que ela pegaria no quintal.
        Ela pensava num tempo longe, de umas férias... quando teve a ideia “Por Zeus! Aquela menina do volkswagen azul... Vou tecê-la!” E assim sentou-se ao tear e começou com uns tons de rosa quando concluiu alguém bateu no seu ombro.
           - A senhora não teria umas bananas... bem maduras?
          A moça tecelã sorriu e disse:
          - Tenho sim. Estão lá na cozinha.
          A menina virou-se bruscamente e derrubou um vaso. Assustada pediu desculpas.
           A moça disse:
          - Cuidado com meus vasos!...
          A menina meio assustada entrou na cozinha e falou alto pra moça ouvir:
          - As bananas estão verdes!
          A moça sorriu novamente da menina que retornando à sala pisou no gato que arrepiado fugiu para o jardim.
           A moça entendeu que a menina não estava enxergando direito e pergunto:
          - Você usa óculos?
          A menina respondeu:
          - Só na escola.
       - Mas, sem óculos você não vê direito. Não se incomoda com isso?
          E imediatamente virou-se para o tear para tecer os óculos.
          A menina ficou meio contrariada e disse:
          - Não precisa. Não gosto de óculos. Se é pra usar o tear prefiro outra coisa.
          - O que por exemplo. O que você quer?
          - Uma professora bonita com as sobrancelhas bem feitas, com uma saia colorida cheia rosas e...
          A moça começou a rir:
           - Por que sobrancelhas bem feitas?
           - Porque a minha professora tem as sobrancelhas do Monteiro Lobato – e riu envergonhada.
          A moça se curvava de tanto rir, mas começou a tecer umas sobrancelhas bem delineadas. Perguntou:
          - Assim? – apontando para o desenho.
          A menina gostou e respondeu:
          - É!
          A moça já iria concluir a saia florida da professora... Perguntou:
          - Só isso?
          - Não, falta giz. Quero giz colorido pra desenhar cachorro de coleira e sapatos.
          - E na sua escola não tem giz colorido?
          - Tem, mas são úmidos!...
          A moça pegou sua caixa com as lãs mais caras e foi perguntando a menina e a menina foi dizendo as cores que ela queria pra desenhar na escola.
          Concluíram o trabalho. A moça perguntou:
          - E o quê mais?
          - Quero esmalte.
          - Esmalte?
          A moça olhou pra unhas da menina. Disse:
          - Mas você rói as unhas!...
          A menina escondeu as mãos:
         - Por favor, quero uma cor bem bonita para combinar comigo!...
          - E que cor seria essa?
          - Rosa-bebê. Eu sei que ainda sou uma menina, mas logo, logo serei moça como você...
          - É mesmo?!... E rosa-bebê combina com você?
          - Combina com minha idade, não comigo.
          - Ah, você muito é inteligente!
          - Sou?
          - Muito!
          - Mas eu não sei qual é a capital da Checoslováquia?
          - E quem se importa com isso?!... Eu também não sei!
     As duas ficaram rindo, mas um clima de responsabilidade pairou e a menina disse:
          - Preciso ir.
          - Já?!... – a moça exclamou tristemente.
          - Hoje é sábado e preciso ajudar minha mãe.
          - Sério? Você é tão...
          - Pequena! – a menina exclamou sorrindo.
          Era hora de partir e as duas estavam tão envolvidas que o sábado tinha perdido seu sentido primeiro de perfeição. Agora era uma lanchonete pra passear, uma moça pra conversar, uma professora bonita com saia florida e giz para desenhar cachorro de coleira e sapatos.
          A menina já estava chegando à porta e virando-se disse:
          - Meus óculos têm lentes claras.
          E sorrindo fechou a porta.
          A moça ficou se perguntando: “Por que será que ela me disse isso?
                                                      ***
                                              Luzia Almeida





terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Belém, meu amor

Belém acordou toda faceira!... Acordou com olhos de boneta, botou uma fita vermelha nos cabelos e saiu a passear.
***
Quando eu era pequena, papai me levava pra passear no bosque, eu e a Lili. Ainda temos uma foto dessa época e esse foi a minha primeira impressão de cidade. Primeiro um passeio de ônibus (naquele tempo era passeio) Jurunas Marambaia: era um ônibus amarelo. Então, saindo de casa eu fui ao bosque e senti que minha cidade é verde.
Depois do passeio o encontro com a natureza. Tinha macaco? Tinha. Tinha peixe-boi? Tinha. E tinha também um mistério que não sei bem explicar. Tempos infantis esses nos quais inventamos fadas e sacis. Foi assim que aprendi a amar Belém. Foi o Bosque Rodrigues Alves que me fez amá-la. E assim ficou... Belém, meu amor.

Luzia Almeida
PARABÉNS AO POVO QUE AMA ESSA TERRA!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Planeta Bosco

Quando penso no Bosco,
olhando pro livro dele eu fico em dúvida:
QUEM É MAIOR: O BOSCO OU O PLANETA?
Sei que pode parecer um exagero, mas penso que a grandeza do trabalho dele vai muito além do seu lápis mágico que nos encanta com esse tipo de talento que é ao mesmo tempo tela e tese. Na verdade a magia consiste na grandeza da inteligência do artista associada à sua sensibilidade. "Como é que eu não pensei nisso!" Alguém poderá dizer, pois eu digo:
O BOSCO É MUITO INTELIGENTE! 
Penso na inteligência dele como algo indomável que se revela em cores após percorrer um tema que se contorce como uma fera presa. Uma fera presa pode não meter medo, mas sempre será uma fera. É isso que o Bosco é: um domador. Pegar a ideia e tranformá-la em arte não é coisa para amadores!...
Bom!
O trabalho do BOSCO, reunido no livro intitulado
PLANETA EM RISCO, é uma reunião de interesses solidários com o planeta Terra, com a Natureza e com a Humanidade. Viver é o propósito de cada um e, que cada um viva bem, é o propósito do chargista apresentado no livro.
A Natureza é o elemento por excelência... e, como um bebê, ela precisa de cuidados. É tão poderosa e precisa de cuidados: tal é o paradoxo em que me perco olhando esse trabalho.
Todo esse potencial precisa ser conhecido 
pela grandeza da ideia, 
pelo talento do artista
e pela coragem da campanha. 
Campanha essa que o torna tão grande como um planeta, esse mesmo no qual habitamos.
                              Parabéns, meu querido!
                                                     *** 
PLANETA EM RISCO
ESTÁ À VENDA NA LIVRARIA VISÃO
DO SHOPPING PÁTIO BELÉM
                                                         Luzia Almeida