segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Haidy in Concert II

Definieer een roos
dat zal niet eenvoudig zijn,
een roos is veel meer dan alleen een bloem.
Het defineren van een persoon nog meer!...
Bedenk een persoon geboren uit muziek
die in zich de verzameling houd van kind-bloem
uiterst moeilijk,
maar toch
zal ik proberen om mijn vriendin Haidy te definieren
gebruik makend van deze elementen.
Misschien
kan ik het gevoel dat in mij opkomt vertalen.
Overweeg een kind:
Denk aan een kind
dat vele rode rozen lanceert in de ruimte,
denk aan deze rozen
veranderend in blauwe vlinders.
Deze vlinders kunnen hoog stijgen
maar kunnen niet door de wolken
omdat wanneer ze de wolken bereiken veranderen
in muzieknoten.
Klaar!
Een concert van de glimlach.
Rood-blauwe muziek van zij die liefhebben
Wolken die geschikt zijn om zoveel
muzikaliteit te houden,
maar plotseling barst een verlangen uit naar het kind
dat keek naar de hemel. Dat!...
Dat is Haidy,
deze gedachte van terugkeer naar de armen
van het kind.
***
Luzia Almeida
 
Haidy,
                                      minha Querida,
                                                                          FELIZ 2013!...
Muita luz na tua vida, saude, paz e sucesso.
***
Een uitstekend jaareinde voor mij en familie.
Eindig 2012 tussen vrienden en begin 2013 met hen.
God zij dank!
Aos meus queridos amigos
FELIZ 2013!...

sábado, 29 de dezembro de 2012

Haidy in Concert

Definir uma rosa
nao seria uma coisa simples,
porque uma rosa é muito mais que uma flor.
E uma pessoa, então!...
Definir uma pessoa que nasceu feito música
e em si congrega ainda a criança-flor
é extremamente difícil,
mas, ainda assim, 
vou tentar definir minha amiga Haidy
aproveitando estes elementos.
Talvez
eu consiga traduzir o sentimento que me ocorre.
Vejamos uma criança:
Pense numa criança
lançando muitas rosas vermelhas no espaço,
depois pense nestas rosas
 se transformando em borboletas azuis.
Estas borboletas podem subir muito alto 
mas não podem passar das nuvens
pois ao alcançá-las se transformam em notas musicais.
Pronto!
Um concerto de sorrisos. 
Música red-blue para quem ama.
As nuvens podem comportar tanta sonoridade,
mas de repente arrebenta uma saudade da criança
que ficou olhando pro céu. Isso!...
A Haidy é este pensamento de retorno aos braços da criança.
***
Luzia Almeida

Haidy,

FELIZ ANIVERSARIO!...

Com muita alegria, saude e paz.







segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Mr. Malone and Family

O Natal pra ser verdadeiro tem que ser azul.
Azul combina com o verde das florestas.
Combina com tudo que transmite paz.
O Natal da gente
que guardamos no peito
do lado esquerdo.
Passar o Natal na casa do Malone
significa olhar a festa por dentro
e passear entre amigos.
Como se a poesia fosse a identidade
de cada um
sendo todos a mesma luz
que se acende na mesa doce de sorrisos.
Luz do Natal
na casa do Malone
guarda a gente na memoria
do amanhecer de tantas outras luzes.
***
Luzia Almeida
Feliz Natal!...
Felicidades!...
Paz sem fim a todos os povos!.



 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Girassóis para Lili

A enfermeira entrou no quarto e ficou olhando a mão que se movia delicadamente. Era sem dúvida a mão de um pintor. A mão de um grande artista.
Vincent não percebeu aquele olhar. Ela teve que fazer um pequeno barulho na maçaneta da porta.
Ele parou e timidamente voltou-se para vê-la. Conhecia seus barulhos.
Ela sorriu e ele aceitou aquele sorriso como uma promessa.
Agora eram amigos.
Ela disse com carinho:
-Está na hora do seu remédio.
Ele fez um quê de aborrecimento. Mas aceitaria de coração para não aborrecê-la. Tomaria o remédio, mesmo sem acreditar nos seus efeitos.
Ela sorriu de satisfação porque amava aquele homem e pensar na sua cura era seu sonho dourado.
Ela olhou o novo quadro que ele pintava e perguntou:
- Pra quem são?
Ele disse:
- O quê?!...
Ela insistiu:
- Para quem são os girassóis?
Ele disse "Ah!..." e ficou perdido no quadrado daquele quarto de sanatório.
A enfermeira ficou com ciúmes de uma possível mulher. "Que mulher seria?!..." Apenas seu irmão o visitava.
Ela perguntaria novamente, mas foi impedida com o sorriso que Vincent deixou escapar.
Era uma mulher. Havia brilho naqueles olhos azuis.
Ele falou baixinho:
- Ela bordará com imenso carinho estas flores. Não hoje!... Num tempo que chegará.
A enfermeira baixou os olhos para não encará-lo. Daria a vida por ele. Daria a vida para possuir aqueles girassóis, mas o que tinha além de seu trabalho? Apenas o consolo de sua presença. Da presença de um artista apaixonado. Não desistiria daquele amor porque amá-lo era seu curso de rio. Viveria para ele, mesmo que ele nem desconfiasse disso. Estavam distantes num tempo de amar, mas ela o amaria assim mesmo. 
Ele nunca saberia daquele amor, no entanto seria dela porque o amor os fazia possuídos.
Ela saiu para não chorar na presença dele.
Vincent voltou-se para o quadro e, parado diante de sua obra, deixou escapar dos lábios um nome. Um nome de mulher.
 ***
 Luzia Almeida                                                  
                                                     
 

O quadro de Van Gogh que a Lili bordou é, para mim, a mais bela expressão de amor... feita de traço em traço, de cor em cor. O amor que enlaça o tempo. Arte de dois corações que fazem da vida um motivo de paisagem.                   
                                                      
Hoje é o aniversário da minha irmã. E escrever alguma coisa pra ela tinha que ser urgente. Tinha que ser de amor e tinha que ter VAN GOGH. Acho que fiz tudo que estava no meu coração.  E tendo feito, aproveito para dizer do meu próprio amor por ela. Digo:
                                     Lili, eu te amo demais!
                                     Feliz Aniversário!...
      

sábado, 15 de dezembro de 2012

Vinte Anos!...

Vinte anos são pássaros:
voaram eternamente!...
Vinte anos de sonhos dourados,
de poesia.
De notas musicais,
sombra de colina.
Viver contigo vinte anos
não me custou serviço
já que tens a doçura do mel
nos teus olhos de menino.
Contigo
posso permanecer Luzia
sem escapar de mim mesma
já que me conheces toda.
Luz contigo serei
porque não me deixas apagar
no quadrado desta vida.
E cada manhã
Música de braço
de abraço  
nas manhãs que nos pertencem. 
E as cantigas mais doces direi
a ti
porque conheces a melodia
do meu violão sem cordas.
Cantiga de coração
que se afina no dia que se repete.
                                                         Ao Humphrey
                                                                            com amor.

O meu marido tem tudo de que preciso como mulher. Ele não liga quando estou aborrecida. Sou hiper-ativa e às vezes preciso de um chá pra dormir. Ele faz o chá e esfria. Bota a mão na minha cabeça e ora. Deus tem abençoado a vida dele embora eu não seja a mulher dedicada que queria ser. O certo é que nestes Vinte Anos eu vivo com um homem que me ama de verdade. Eu pergunto o tamanho deste amor e ele responde "do tamanho de uma casa". Uma casa, uma casa... não existe nada maior que uma casa!... Estão vendo?!... Não dá mais pra viver londe dele!...

Luzia Almeida 
   


domingo, 2 de dezembro de 2012

Imago Dei

Uma ponte existe para nós.
Uma ponte é, antes de tudo, um elo.
Uma ponte existe
é de que precisamos!...
Nós que fomos criados imagem e semelhança.
Ponte, elo, ligamento:
PUREZA!
Mais que condução,
luz e sal
para que sejamos salvos do mundo, da cidade,
de nós mesmos.
Nós que somos terríveis.
Criamos nossas doutrinas de almanaque,
atalho dos Mandamentos
e nos acabamos.
Uma ponte existe
e é mais forte que o Sol.
É alva como a estrela da manhã.
Pura como o ar calmo destas chuvas
que se aproximam.
Chuvas de dezembro.
Bússola cristalina, norte eficaz:
Dormir sem remédios.
Deitar e dormir no século XXI: eis a questão
para todo aquele que tem sonho de não ser consumido.
Ei-la! 
Ponte estendida, curvada em dores.
Projeto celeste feito cidadão.  
Para nós
que somos absolutamente finitos. Eis o que somos:
Pó e cinza. Neblina e flor.
Somos tudo o que passa rapidamente.
Existência atravessada pelo tempo.

Uma ponte existe, única,
para que sejamos.
***
Luzia Almeida

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pureza em tempos de Luzia

Ontem à tarde um amigo me falou sobre pureza...
Que coisa boa!...
Fiquei pensando no caminho da Igreja sobre a importância da Pureza na vida da gente.
A verdade é que pouca gente pensa nisso:
um caminho de pureza. Mas, em que sentido?
Em todos!...
Então na Igreja, eu orei e pedi a Deus um coração puro: 
SENHOR,
tem misericórdia de mim! Tem misericórdia de mim, SENHOR e conceda-me um coração puro.
Ensina-me, SENHOR, o verdadeiro caminho da pureza.
Ensina-me a ser zelosa com minha filha e sempre ser um bom exemplo pra ela
Abençoa-me para que eu prefira sempre a honra e a justiça na minha casa. 
Não permita, SENHOR, que meu marido venha a ser escarnecido por uma fraqueza minha. Pelo contrário, que honrá-lo seja um ideal de justiça. Um ideal de todo aquele que te conhece e que honra o teu NOME. Que eu possa viver uma vida digna, uma vida decente de esposa e assim fazer meu marido feliz.
Perdoa, SENHOR. Os dias são maus e minha natureza, por vezes quer se rebelar e fazer a própria vontade. Ajuda-me, para que isso nunca venha a ser um fato.
Ensina-me o caminho da dedicação no meu trabalho. Mesmo quando cansada, SENHOR, que eu não desanime porque também sou responsável pelo futuro dos meus alunos.
E que eu possa chorar, não por conta das febres dessa vida, mas porque reconheço que a tua SANTIDADE é bem maior que eu.
Eu sou pequena e TU ÉS O GRANDE EU SOU. 
O SANTO DE ISRAEL.
Abençoa-me, SENHOR.
Abençoa grandemente, SENHOR, a todo aquele que fizer deste texto sua doce oração.
Amém.
***
LUZIA ALMEIDA
   
   

sábado, 24 de novembro de 2012

O que é saudade? II

Já falei pra vocês do meu gato Max. Pois é!... Ele foi embora, e deixou uma imagem meio fantasmagórica e, por isso mesmo, FASCINANTE!...
Uma noite, isso era mais ou menos 1988...,
eu estava patetando olhando pra rua quando ele começou a miar nas minhas pernas, mas isso era costume dele. Às vezes eu deitava no sofá pra ver televisão e ele deitava no meu peito. E ficávamos assim.
Então,
eu estava patetando olhando pra rua e ele chegou e começou a miar, só que o miado foi se intensificando e eu comecei a temer. Entrei e ele foi atrás de mim. Pra onde eu ia ele, atrás de mim. E miando com insistência. Aí eu fiquei com medo mesmo!
O que é que o Max quer?!...
Ele queria parir. E eu não estava entendendo. O gato pedia socorro, o bichinho era virgem de parir e a única conhecida dele que poderia ajudá-lo era eu. Talvez até já houvesse um parentesco... Talvez eu fosse mais que uma conhecida. Sei que resolvi ajudá-lo:
Arrumei uma caixa de papelão e forrei com jornais velhos. E ele foi se aquietar para parir.
Foi uma gritaria!...
Foi uma gataria só!
Agora o Max era mãe e eu o perdia para sempre!...
O Max era mãe e eu o perdia porque não poderia competir com tantos gatinhos.
Saudade é bem maior quando desconhecemos suas causas. O meu gato tinha dupla identidade e como um espião fazia jogo duplo. Eu não deveria amá-lo tanto, uma vez que ele tinha parceiro ou parceiros. Eu não tinha ninguém e chorei demais quando ele partiu.
Se ele me amava de verdade... eu nunca vou saber!... Gatos são animais estranhos, talvez não cultivem sentimentos verdadeiros. Quanto a mim,
registro esta obrigação no meu blog, já que sou ainda fiel a ele mesmo sabendo que o Max não era gato era gata.
Minha fidelidade consiste em nunca mais ter gatos. 
Ficou Max para sempre.
É por isso que agora prefiro criar mangueiras.
***
LUZIA ALMEIDA

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O que é solidão?

Perguntaram-me: "O que é solidão, Lulu?"
E eu sei!?...
Como é que vou saber? Estou sempre cercada de gente e de pessoas!... Eras! Até me assustei!... Tenho cara de quem sofre solidão???
É graça minha. Solidão não tem a ver com gente nem com pessoa, não tem a ver com companhia. Solidão tem a ver com importâncias. Solidão é balança. É lâmina...  bem fininha... ela vai cortando o corção da gente assim: dia do aniversário da gente, quando esperamos ser lembrados e não somos. Solidão é esse nada estampado que grita bem alto e na cara da gente:
TU NÃO ÉS IMPORTANTE!
Ou...
Assim:
De repente tu sentes um cercado ao teu redor e esse cercado vai se distanciando, se distanciando, se distanciando e tu perdes de vista o cercado embora a presença dele fique massacrando tua estrutura humana. À medida que o cercado se distancia, tu vais sentindo assim um aperto no peito... é a bendita lâmina que corta o coração bem no meio e como ela é bem fininha não dá pra saber que agora são duas bandas. Separadas de um mesmo coração. Partido. Se alguém ousar ver bem de perto vai notar uma dorzinha aguda anunciada ausências...
Uma dorzinha enjoada que parece arrebentar com a gente. Uma dorzinha perversa e incolor.
Solidão é palavra de Van Gogh. Ele não fazia aniversário. Não tinha ninguém... somente um irmão. Solidão pra Van Gogh era esperar a carta do irmão e... pra mim... solidão significa 
SER A CARTA.
***
Luzia Almeida 



terça-feira, 13 de novembro de 2012

O que é saudade?

Eu pensei que com o passar do tempo ficaria fácil definir saudade!...
Nada fácil! Ficou mais difícil. Sim, porque o que era apenas saudade agora é nostalgia com uma pitada de angústia.
Então saudade é palavra tipo a essência da gente: demais complexa.
Deixa eu ver...
Antes eu tinha saudade de alguém. E eu dizia, por exemplo: tô com saudade da dona Luzia, ou de uma aluna, ou de um aluno... foram tantos alunos que marcaram a minha vida que chego a ser um mosaico furado de ausências sonoras e coloridas.
É isso: minhas saudades agoras são coloridas e... como é que eu vou dizer o que sinto... deixa eu ver... assim tipo uma coisa que é  muito difícil de definir. Por exemplo: eu tenho uma saudade seca, tenho uma saudade feliz, tenho uma saudade assustada, tenho uma saudade feito sonho de sábado ou véspera de Natal. Tenho saudade de varrer casa, de esperar o carteiro, tenho saudade de árvore, dos meus poemas que se perderam. 
Tenho saudades de ter 45 quilos e não saber o preço de nada.
Tenho saudade de uma amizade azul e de outra verde.
Tenho saudades do Rio. Das minhas amigas da UFF. Onde andarão: Luciana, Regina...
Saudade me faz esquecer o presente e se entro nesta canoa não volto mais. Porém volto. Volto sempre que o dia é hoje e vou já já mandar por email a aula de amanhã.
Tenho uma saudade branca. Meu gato Max que morreu quando eu estava em aula na Federal. Foi o Jorge (meu primo que me abraçou quando eu dobrei na rua de casa) que disse que tinha uma notícia pra mim)... Égua!
O Max era todo branco e só depois de muito tempo é que descobri que não era gato era gata. Foi o cara que estava consertando a geladeira que me disse. E quem disse que eu queria saber que não era gato, era gata. 
Ficou Max pra sempre.
Meu gato branco que foi embora e deixou meu coração esbandalhado.
Saudade do Jorge, meu primo, que partiu tão novo. A gente brincava de garrafão na rua. Ele me botava no colo e naquele tempo se tinha maldade eu não sabia. Saudade desse tempo bom. Que jamais voltará.
Saudade está ligada ao tempo e como somos vulneráveis, somos passíveis de esquecimento. É por isso que escrevo:
PARA NÃO SER ESQUECIDA!...
***
Luzia Almeida

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sorriso de Flor

                 Amanhã é um barco
num porto sem rio.
É um sorriso amarelo de flor.
É uma dor.
Uma saudade cheia de hoje.
Amanhã não é tempo,
é dúvida.
Eternidade que se propaga e nem é luz.
Talvez estrela.
Pode conduzir no infinito da noite
um brilho
a que me apego
porque sou pó.    
***
LUZIA ALMEIDA