sábado, 31 de dezembro de 2011

Cânticos e Louvores I

SENHOR, quão Grande é a tua BONDADE!
SENHOR,
Quão grande é a tua MISERICÓRDIA!
Porque
o SENHOR concede a mim
mais um ano de vida.
Penso
na ternura do teu coração
e nos investimentos que fizeste
para que hoje eu pudesse dormir.
Para que hoje
eu pudesse me lembrar do SENHOR
neste último dia do ano.
Ah, SENHOR!... Eu sei!... Eu sei que me amas
E é por isso que hoje
lembro-me de ti nesta noite que me deste.
Agradeço ao SENHOR
tantas bênçãos e proteção.
Porque eu não passo de uma criança
que precisa de Ti
eternamente,
MEU PAI!
***
LOUVADO SEJA O TEU NOME,
SENHOR JESUS!
***
Queridos Amigos...
Feliz 2012!!!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz 2011!

Mais um ano que se vai!... Égua! Lá vem saudade de novo!...
Vivo assim!... De saudade em saudade!
E quando pego uma turma maravilhosa de Terceiro Ano! Pronto! Acabou-se a mulher! É um não sei quê de pranto! De festa! De encanto! 
É isso!
Mais uma turma que se vai! Já não são minhas alunas! Eu tento capturá-las na memória, mas o coração diz: Epa! Eu é que vou guardá-las!... Pra sempre!
Meu pobre coração tá carregado de amores. Lotado mesmo!
Quisera ter dois corações!
Do tamanho de uma montanha.
Quimera!...
                                            ***
                                  Luzia Almeida
Tenho certeza de que a Edilena e o Paraíba compartilham esta saudade comigo! Assim, não me sinto tão sozinha!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ano Novo & Velhos Sonhos

O ano de 2011 está chegando ao fim!... Que pena! 
O ano do meu Trapiche olha-me meio sem graça e sem assunto não quer dizer tchau. 
Eu olho pra ele meio desconfiada e também não quero dizer tchau. Palavra terrível essa. Palavra-despedida.
Abraço meu 2011 e penso em tanta coisa boa. Tanto que vivi e tanto que senti. Tanto que chorei também! Porque as coisas não são do jeito que a gente quer. 
Meu Querido 2011 se despede de mim... Eu digo: "Olha!... Hoje ainda é dia 27!..." Mas os dias passam rápido e quase não podemos respirar.
Meu Querido 2011!... Ontem estava tão faceiro e hoje... mergulha num mar de saudades. Saudades de mim que sou feita de bola de sabão.
Eu quisera recolhê-lo numa caixa de sapatos. Nessas caixas que guardamos recordações. Eu o guardaria pra sempre junto a mim, quer dizer, dentro do meu coração.
Saudades de 2011!
                                              ***
                                                                   Feliz 2012!
                                  LUZIA ALMEIDA
Queridos...
A imagem que vocês têm é de um castelo em Lisboa. Castelo de São Jorge. Lisboa é uma cidade feita de sonhos. Quem sabe... talvez o Ano Novo traga esta oferta escondida para meus olhos e sentidos. UM SONHO! Quem sabe?!...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O Pão Do Céu

  
É Natal!
Noite de Vida, Manhã de Festa...
Vida que renasce em cada coração
no repartir o pão nosso de cada dia.
Natal
sinônimo de bondade,
de amizade,
de amor.
Natal de todas as estrelas
de todas as cores.
Vida e Perdão
na construção de uma manjedoura
tão simples, tão bela
pra mim
que busco neste céu
a Estrela
que foi entregue numa cruz:
Jesus!
***
LUZIA ALMEIDA
***
Queridos amigos...
Que o Natal de vocês seja NOSSO. No repartir o pão e na distribuição de sorrisos. Quero a felicidade de todos e vida cheia de ternura, de respeito, de tolerância, de paciência... De tudo aquilo que faça de nós pessoas de verdade. Com brilho nos olhos e coração largo para amar o próximo.
É isso!
FELIZ NATAL!
Bendito seja Deus que nos concedeu o PÃO do céu.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Música Azul

Eu te amo.
Brasil!... Brasil!...
De infinitos céus de anil.
Olha!...
Meu coração bate depressa por ti.
Por que és azul,
és verde de amarelar este ouro que é teu chão
nosso de cada dia.
Ouro
de martelar meu juízo.
Sou tua platéia
que te sente
na imensidão destes concertos de sabiás
De mangueiras
onde descanso meus sonhos infantis.
Minha terra
de mar e maresia.
Turquesa.
Brisa que mexe...
Sentidos.
Acalento de meus ouvidos.
Som sem maestro.
Imenso violão
corda do meu coração.
Brasil
Eu te vejo menino feliz.
Nesta música que te traduz
infinitamente
AZUL.
***
LUZIA ALMEIDA

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Infinita Melodia

Um sonho de braços abertos
é meu marido.
Todo ele feito de calor.
Desses que provoca sensações,
emoções
que eu não esperava.
Eu não esperava um sonho assim...
Porque... às vezes
a vida da gente machuca um lado humano de existir
e outras, promove concertos...
Música 
de infinita melodia.
Dia de sol...
Estrela
que do Suriname
chegou para que eu fosse
mulher.
***
LUZIA ALMEIDA
Hoje é um dia especial para mim. É meu aniversário de casamento. Hoje eu completo 19 anos de casada. Uma hora dessas eu estava indo a Fortaleza passar a Lua de Mel.
Humphrey
Vir a Belém estudar foi a melhor ideia
que tiveste pra me fazer feliz.
I LOVE YOU!
Meu marido fez um poema pra mim. Queridos seguidores...
está no blog dele:
www.humyborari.blogspot.com
Pensa!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um amigo para Pitágoras

Lúcia não era uma garota sozinha: tinha dezoito anos e quatro irmãs; mas sua verdadeira amizade estava longe daquele convívio familiar. Ela tinha um amigo secreto. Um amigo nascido de seus sonhos, assim como todos aqueles desejos que eram próprios de sua cabecinha flutuante. Sim, sua mente vivia nas nuvens, nos Alpes suíços, nas gôndolas de Veneza, na torre Eiffel e no Parthenon. Por isso preferiu as Letras e estudava francês.
Quedê era o nome do amigo secreto.
(...)
                                           ***
                                     LUZIA ALMEIDA, Trapiche, pg. 45

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Lua de Raquel

Lua de Raquel
Enigmática
Como todos os suspiros.
Lua
que suspira mistérios.
Vida plena...
Pura.
Suspiros nostálgicos
que se contrapõe
neste 
sistema de imagens
Beleza
Pureza
e
Magia.
Lua de Raquel...
Transcendência Cósmica
Veia!
***
LUZIA ALMEIDA
Raquel
minha boneca
FELIZ ANIVÉRSARIO!
Talvez alguém ache estranho esta imagem para uma homenagem de festa de aniversário. Eu explico: eu me espantei com minha aluna RAQUEL GUEIROS lendo Drácula na sala de aula... depois me espantei com a força com que ela se expressava, com sua inteligência, com seus textos que nunca entreguei. Depois me espantei quando ela disse que gostava de mim. Eras!... 
Eu já gostava dela!...
Raquel...
UM BEIJOOOO!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Lídia-Lírio

Pureza de tanta ternura é Lídia,
a menina.
Brancura que visita as manhãs
e as tardes de Knox.
Põe um véu no sorriso e nos convida
à melodia...
de verde-rio.
Lídia também é estrela
da manhã
da gente.
Lírio puro
Puro encantamento
brilho feito esperança
ESMERALDA!
que resolveu brindar meus olhos
neste jardim
florido de tantas jóias.
 ***
LUZIA ALMEIDA
Minha aluna do 3º ano, LÍDIA CARDOSO, era pra ser uma flor, nasceu gente... Melhor pra nós!... que podemos desfrutar do seu doce sorriso.
Lídia,
minha princesa,
Um grande abraço!
Eu sou fã dela!!!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Victória Musical

Uma menina que se veste de música.
Toda ela
música e dengos
numa inteligência perfeita
que se fez botão.
Existência literária em tempo de nascer:
Flor 
Dó, ré, mi, fá.
Notas guardadas em castelos sonoros
Vindas de mil lugares distantes... 
Victória
é música que se veste realeza.
Doce violão
 cordas de algodão
doce
de notas mel.
***
LUZIA ALMEIDA
Por que as pessoas se abraçam?
São vários os motivos. Quarta-feira, uma aluna do 3º ano me pediu um abraço, a VICTÓRIA SALZER, um abraço com sabor de reconhecimento. Eu digo pra ela "tu escreves garota... és uma escritora". Ela sorri, pensa que eu estou brincando... Brincando?! Eu?! Não, senhora. Com essas coisas eu não brinco. Então, tá. Ela tirou 100 na Redação do Vestibular. Fico só imaginando o que ela aprontou!!!
                                               Um abraço minha querida!
E continue aprontando... UEPA vem aí!!!
E ainda toca violão!...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pássaro de Prata

          O barulho da vidraça quebrada anunciava confusão. Miguel e Júlio ficaram esperando a cara brava do seu Osório aparecer na janela.
          Eles estavam paralizados e temerosos porque a bola era nova e não era deles.
          Seu Osório não apareceu na janela dizendo nomes feios. Não apareceu. Não disse nada. Tudo parado e quieto.
          Não se pode determinar o tempo que eles ficaram parados, esperando. Certo é que perceberam que não havia ninguém na casa. Então resolveram entrar.
          A porta não stava fechada. Empurraram devagar e puderam ver a bola ao lado do sofá grande, como que esperando por eles.
          Miguel entrou primeiro, Júlio era mais temeroso. Era a primeira vez que punham os pés na casa de seu Osório. Miguel já ia pegar a bola quando percebeu a presença de um objeto sobre um paninho bordado na estante.
          (...)
                                                   ***
                                LUZIA ALMEIDA. Trapiche, pags. 58 e 59

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O laço de fita

O Internato ficava na estrada que levava à cidade. Era seguir em frente e antes de chegar à cidade dobrava-se à direita e seguia-se mais um quilômetro.
O prédio era imponente e as portas altas.
(...)
A diretora sente-se protegida pela paz daqueles olhos profundos.
A moça se aproxima e pega sua mão. A diretora sente algo na mão de Eugênia. Alguma coisa que não queima, porque não é uma condenação. É um laço. A diretora sente aquele verde como a brisa de um rio. Um rio de esperança que sempre avança. então ela pode falar:
- Estava com saudades.
- Eu sei. Por isso estou aqui.
                                                ***
                                  Luzia Almeida, TRAPICHE, pags.62 e 68

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Diamantes para Paola

(...)
Levantou-se de repente e quase desmaiou quando se viu num vestido preto, justo e, com certeza, caríssimo. As sandálias de salto se ajustavam nos seus pés sem dor. E o esporão? Aqueles pés bem cuidados jamais admitiriam um esporão. Os cabelos eram longos e sedosos de um castanho claro natural. Não, aquela não era ela. O que teria acontecido? Passou as mãos no rosto, a maciez era nítida. Como seria seu rosto? Ela estremeceu. Estaria sonhando? Fez um teste, recapitulou suas ações: saiu do trabalho para ir ao shopping, pegou um ônibus, desceu, aproveitou o sinal vermelho para os carros, atravessou a rua e entrou no shopping para pagar uma conta. Onde estaria a pasta plástica verde com a conta de luz? Ela realmente não saberia responder. Também não sabia onde estava, mas suspeitava que estivesse fora do Brasil. As inscrições nas lojas não eram em português. Seriam em italiano?
Resolveu procurar um banheiro, mas alguém tocou em seu braço, parecia um segurança. Ele disse alguma coisa, mas ela não entendeu direito. O homem entregou-lhe uma bolsa.
(...)
                                           ***
                                         Luzia Almeida. TRAPICHE, pag.41

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Encontro no Mangal

(...) 
Igarité era a palavra.
Ela agora pensava no dia em que conheceu Henrique. Foi no Museu da Navegação. Júlia escrevia o pequeno vocabulário das embarcações da Amazônia quando ouviu a voz dele bem perto do seu ouvido. O que foi mesmo que ele disse? Ela fazia uma pesquisa, estava anotando aquelas palavras: batelão, canoa, casco, gaiola, galeota, gambarra, igarité... Ele disse no seu ouvido "embarcação maior que a montaria e menor que a galeota". Júlia assustou-se, olhou pra trás e viu e viu um moço elegante, bonito e charmoso com uma voz acentuadamente masculina. Ele prosseguiu "seu nome deriva do tupi igaia, canoa e eté, verdadeira."
Ela queria livrar-se desses pensamentos. Prosseguiu com o inquérito:
- Como ele vai reconhecê-la?
(...)
                                    ***
                                   Luzia Almeida, TRAPICHE, pag.77
  

domingo, 2 de outubro de 2011

A boneca

- Ah, e por falar nisso... o que queres ganhar no Dia dos Namorados?
- Dia 12 de junho, Dia dos Namorados, quero ganhar uma boneca Barbie! - exclamou com convicção.
Não havia dúvida. Era definitivo.
- Por que queres ganhar uma boneca?
- Por que seria outra coisa?
- Ora, não és mais criança...
- Não sou criança?! Estás enganado! Sou subordinada aos impostos, subordinada no Trabalho, subordinada pelo Tempo e, para completar - ela fez uma cara de intelectual - subordinada pelo Espaço. É claro que, mesmo sendo adulta, mãe, professora com 20 anos de magistério e com 48 anos de idade, não passo de uma criança.
Ele a observava desconfiado. Iria entregar-se?
(...)
                                                ***
                                   LUZIA ALMEIDA, TRAPICHE. pag.33
                                                ***
Queridos... Agora temos TRAPICHE na Presidente Vargas. Vocês conhecem o RELICÁRIO? Poie é. O nosso livro se encontra lá também. Preço: 12 reais. É só falar com o Anderson.
(fone: 3254-5422)
Livraria O RELICÁRIO
Av. Presidente Vargas, 762, loja 10.
Belém-Pará

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PROJETO ÍTALO: Leitura e Valores

  
Projeto Ítalo: Leitura e Valores
Apresentação hoje às 10.30h no Hangar (Estande da SEDUC)
***
Uma mente sã é um forte fator para atitudes morais. A mente perniciosa, a mente imoral jamais poderá produzir ações dignas. Aristóteles, um dos maiores pensadores gregos, disse que "os bons costumes devem ser praticados até se tornarem um hábito" e é a partir desta postura, da prática do bem, que esse projeto se mobiliza no sentido de contemplar meninos e meninas em formação. Considerando que a Educação/Leitura apresenta-se como formadora de caráter e patrocinadora de qualidade de vida.
LUZIA ALMEIDA
***
"Que histórias contam as cores? Existem cores ou somente coisas coloridas? E um arco-íris é uma invenção da luz ou uma criação dos pingos d'água nos olhos do sol? Ou é Deus - a nossa infinita bondade de palavras - que, lá em cima, abriu a sua aquarela de histórias?"
DANIEL LEITE
***
O PROJETO ÍTALO É O NORTE PARA AS ESCOLAS QUE AINDA ACREDITAM NA BÚSSOLA DO BEM.
                                                                             Luzia Almeida
  IMPERDÍVEL!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Lili Gogh

Ventos que nas tardes de dezembro festejam tua chegada.
Que ventos?
Que mares são estes?
Do sul? Do norte? Não sei!
Revestidos de uma transcendência azulada
gazetam planos e planaltos
para te verem.
Para te ouvirem tocar.
Para te ouvirem tocar somente
a música que escreveste,
que fizeste nesta dança da vida. 
Música escolhida
Valsa de todos os sonhos
Coração!
Mares! Mares!
Maresia de uma existência ímpar
Arte acima de tudo
Beleza, leveza, exatidão
Tudo que faz crer
Turbilhão
Tudo o que existe nesta melodia perfeita
de todos os ventos
Ímpeto de uma natureza que nasceu e cresceu
pra fazer poesia.
Música
dedos de todos os ouros
Mil quilômetros quadrados
de pura fantasia.
Melodia perfeita que se fez poema de Van Gogh:
EU TE AMO!
***
Luzia Almeida
Dedico este poema à minha irmã Lilian da Silva Almeida numa demonstração by Van Gogh.
BEIJO! Eu sei que tu vais gostar! Que tal?

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Filhos do sol

É tarde e a noite dorme,
adormecida no silêncio do seu eu.
Viaja.
Longe do que é presente
ela sonha com o sol.
Delira.
Vê sua triste história,
canta canções antigas,
brinca... estrelas perdidas.´
Pára.
No limiar do universo, escuta verso.
Decora.
Sombria vai, sonhando acorda,
que o tempo determina seu porto, seu cais.
*
Os raios são fatais, cruéis...
eles são todos iguais:
Amam a luz.
Imperam.
Dominam,.
É cedo e a noite acorda.
(Luzia Almeida)
* * *
Poesia publicada pelo Jornal
O LIBERAL em:08/03/1992.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Palavras

São flocos escorregadios;
luzentes, nebulosos, semideuses ...
Buscam a plenitude do olhar:
Calam.
Choram.
Vibram.
*
Flocos gentis ou ousados.
Às vezes massacram sem pena, sem lei.
*
Capazes de matar,
capazes de sorrir.
Sorrir, pois a vida é uma flor,
e o vento invade, e a chuva clama ...
*
Vasta solidão das linguagens!...
Dos entendimentos controlados,
contados, varridos e espionados.
(Luzia Almeida)
*
Poesia publicada no jornal
O LIBERAL em 13/09/1992.

Mel do avesso

A primavera dos teus olhos
tilinta como metal,
perde a cor,
o brilho,
vaga entre lírios pasmados.
*
Suculentos vapores
expressam-se neles.
Infalivelmente:
Vibra,
fascina,
caminha ao contrário.
*
Teus olhos lírios,
borboletas de desertos,
cravam como cravos
no decote vermelho do meu coração.
*
Cravos com lâmina e perfume,
ventos fugitivos,
cantos alucinantes,
"vozes vaporosas".
Cantam. Falam.
Juntos, pertos ...
até que a porta se abra
e uma voz desconhecida se faça anunciar.
(Luzia Almeida)
*
Poesia publicada no jornal de
Belém do Pará, O LIBERAL: 29/02/1992.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Folha

Leva a folha o vento
que não pensa.
Leva a folha o rio
que não pára.
A folha
que apesar de verde
é incapaz de pensar:
que existe tempo e latão.
*
Assim...
Deixa-se seduzir pelo vento aventureiro,
pelo rio misterioso.
Pobre folha LEVADA!
Bem-aventurada agora. E depois?
- O latão!
O que diz a árvore?
- Deixai-a!
O que pensa a folha?
A folha não pensa ... SONHA!
*
(Luzia Almeida)
Poesia publicada no jornal
O LIBERAL em: 14/01/1992. 

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Lembranças


Até que finde a primavera
verei o teu rosto
vencido pelo presente
ausente do que virá a ser eterno...
Até que finde a primavera.

A primavera findou,
e o teu rosto
embora presente,
lança óleo no oceano...
Grande,
Vazio,
Perdido,
Meu!
 Luzia Almeida
*    *    *
Poesia publicada no Jornal
O LIBERAL em: 01/01/1992.