sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Palavras

São flocos escorregadios;
luzentes, nebulosos, semideuses ...
Buscam a plenitude do olhar:
Calam.
Choram.
Vibram.
*
Flocos gentis ou ousados.
Às vezes massacram sem pena, sem lei.
*
Capazes de matar,
capazes de sorrir.
Sorrir, pois a vida é uma flor,
e o vento invade, e a chuva clama ...
*
Vasta solidão das linguagens!...
Dos entendimentos controlados,
contados, varridos e espionados.
(Luzia Almeida)
*
Poesia publicada no jornal
O LIBERAL em 13/09/1992.

Um comentário:

  1. Lú,as palavras contigo não são escorregadias.São manipuladas com maestria.Parabéns mana, beijos.
    Lilian

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