terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Nasce uma Estrela


Quando conheci a RAQUEL GUEIROS eu jurava que ela era uma estrela disfarçada de gente. Eu ficava olhando pra ela e pensando bem assim: "Tu, Pequena!... Tu não me enganas... Tu és uma estrela!... Bem, o tempo passou e agora eu tenho certeza absoluta: A RAQUEL É UMA ESTRELA!
Vão dizer "A Luzia pirou de vez!..." E eu vou responder: "Não! Não pirei nada! Vocês é que são cegos!...
Olha só! A menina brilha sem fazer força. Ela nem precisa de maquiagem, se usa é por esporte. E encanta a gente: só pode ser estrela. 
Olha só 2: Quando eu a conheci fiquei sabendo que minha profissão só vale a pena porque existem almas que não são nem um pouco pequenas: alma de artista, se é artista... é estrela.
Olha só 3: Quando eu mais precisei, precisava de um copo d'água, ela me jogou num rio de água doce e me fez ver o brilho da alma dela, viram só: brilhoooooooo! Então... ESTRELA!
Olha só 4: Eu vou ficar aqui a manhã inteira tentando convencê-los?... É claro que não, que eu não tenho essa paciência!... Eu não preciso convencer ninguém! Vocês sabem, todos sabem do que eu tô falando. É por isso que pra mim somente resta dizer o quanto a AMO.
E agora, dito isto, quero dizer de novo para que todos saibam da minha felicidade de tê-la como uma Estrelinha no meu coração. 
Isso é tudo. Espero que tenha ficado claro estes aspectos luzentes e que, se não fora,  de maneira alguma eu seria Luzia e porque sou Luzia a mim compete essa tarefa de descobrir na terra pessoas que escaparam do céu.
Raquel, eu te amo demais!...

              FELIZ ANIVERSÁRIO, MEU AMOR!
 

                                        Luzia Almeida
 

terça-feira, 29 de julho de 2014

VAN GOGH É AZUL

Hoje seria um dia de perda para a humanidade, seria um dia de perda se Van Gogh não tivesse deixado sua arte.
Mas, se o dia não é de perda o que ganhamos com isso?
Ganhamos o azul que ele deixou. Legado para a humanidade. Patrimônio que nos traz um deleite incrível!
Van Gogh partiu é verdade.
Partiu, mas deixou sua mala; como algumas pessoas que deixam seu umbigo enterrado, ele foi mais esperto: deixou sua mala.
Cheia de arte. Pintou sua vida de todas as cores e as iluminou com o azul do céu. Que mais vocês querem? Um Super-Homem? Um Batman? Não, ele não voava porque não precisava. Voar pra quê? Se o pincel em cima da mesa estava sempre a convidá-lo para mais uma valsa. Ele sorria entre tímido e feliz. E aceitava aquela música colorida que já era a vida dele.
Música azul.
Música estrelada.
E assim, de pincel em flor e música estrelada, ele inaugurou os Girassóis. Somente para vivificar o amarelo que estava no canto.
E, de tantos cantos, embora  o tempo marcasse sua partida, as notas permanecem: Van Gogh desponta hoje, neste 29 de julho de 2014, aqui em Alter do Chão, amanhece nesta manhã de terça-feira com seu azul estrelado, para mais uma vez dançar com os olhos da gente, num convite indispensável de poesia visual. 
Vamos dançar? O azul já está tocando!...

Um grande abraço

LUZIA ALMEIDA
                                     Vincent Van Gogh
                                               30 de março de 1853
                                               29 de julho de 1890



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dia de Escritora!...

          Quando leio os contos e os poemas da minha irmã sinto-me  privilegiada.
          Não é todo mundo que tem uma irmã escritora!...
          Outro dia, depois do almoço, nós nos entregamos à Literatura: cada uma com seu caderno para escrever. Ela escreveu um conto sobre uma japonesa. Gente!... De uma beleza oriental tão suave e tão forte... que eu ficaria presa pro resto da vida naquele caminho que ela descreveu: um caminho onde a japonesa seguia pensando no seu amor, na sua dor.
          Os contos e os poemas dela têm um charme difícil de analisar. Não é uma coisinha simples, não. Quando ela diz: "Luzia, vou ler um poema pra ti." Eu tenho que me amparar em alguma coisa... Então, depois da leitura eu fico me recuperando deste susto literário que somente os melhores escritores conseguem produzir na gente. Fico pensando nas construções que vão desencadeando as ideias e o talento dela. Gente! Minha irmã escreve muito!... E fico alegre, muito alegre de poder compartilhar meus textos também com ela.
          Ontem, eu escrevi um poema, mas era só porque eu queria que ela lesse pra mim. Pois a sonoridade da voz dela carrega meu coração. Ela leu por telefone e meu texto ficou imensamente valorizado. Isso porque ela já tinha lido um poema dela que falava em ÁGUAS... Eras! Ainda não me recuperei...
          Fico alegre também de saber que ela já ganhou um prêmio literário do SESC-Distrito Federal na categoria crônica. Vou mostrar o livro onde se encontra a crônica 
MENINO DE SÁBADO que foi uma das crônicas vencedoras.
          Hoje, dia do escritor, quero parabenizar minha querida irmã LILIAN DA SILVA ALMEIDA e desejar muito sucesso nesta carreira que ela iniciou.
          DEUS TE ABENÇOE, MINHA IRMÃ!
                                          Um beijo
                                                   Luzia Almeida



terça-feira, 22 de julho de 2014

Norte de Renato

          O artigo O apartheid mitigado apresentado na revista FILOSOFIA do mês de abril deste ano e escrito pelo professor e doutor RENATO NUNES BITTENCOURT traz a alegria de uma reflexão inteligente e atual sobre o consumismo.
          Começando com o título do artigo e seguindo com as ideias acompanhadas de teóricos como BAUMAN, Renato nos convida a perceber este mundo economicamente encantado chamado shopping center e considera questões de ordem profundamente humanas. Ele contrapõe as luzes das lojas e das vitrines nestes termos: 
          "Contudo, o silêncio heterônomo do grande templo do consumo não favorece a interiorização humana, não promove a meditação pessoal sobre o valor da vida; antes, serve como instrumento concentrador da consciência direcionada para os atos de consumo."  
          A sociedade vive ou "morre" uma dinâmica de consumo e este estilo de vida que pode também ser entendido como uma doutrina capitalista envolve-nos ao ponto de quase perder-nos. Mas, no meio do caminho somos achados pelo entendimento que nos mostra setas direcionadas - um norte - a partir de considerações existenciais capazes de inaugurar inferências verdadeiramente humanas. Inferências que implicam responsabilidades emocionais, racionais... Porque a mente humana é capaz de lucrar fora do shopping center e se estabelecer com um bem estar comparado ao do útero materno: com um bom livro por exemplo, com uma canoa num braço de rio, ou mesmo com um sorriso tipo abraço. O fato é que ao estudarmos as causas e as consequências do Capitalismo estamos SOBRE e não SOB manipulações. O entendimento é o norte crítico que nos faz ver nas entre-vitrines.
          Quando estudamos, analisamos ou pesquisamos somos senhores e definitamente estamos longe de uma passividade que nos faria rebanho manso. Somente com DESCARTES o sujeito cartesiano pode encarar um shopping center sem um tostão no bolso. Ou entrar e sair com todos os tostões e ainda assim SER FELIZ.


Um grande abraço.

Luzia Almeida   

         

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Almoço no Caranazal

Almoçar no Caranazal é tudo de bom!...
Uma galinha caipira com macaxeira... HUM! Uma delícia. Isso porque pra acompanhar tu tens uma vista maravilhosa:
Um rio, um barco e um vento...
A gente se esquece do trânsito de Belém, do imposto de renda, das notas pra entregar na secretaria, esquece tudo. Até minha pressão voltou a 12 por 8. É sério!
Foi aí que lembrei-me do Bosco. É, o meu amigo Bosco, uma Lenda da Caricatura. Ele vive postando fotos de comida no face. Falando da Terra do Meio.
Ei, Bosco!... A minha é a Terra do Chão!
Pra quem nunca veio aqui não sabe do que estou falando. E pra quem veio ficou a vontade de voltar. É por isso que mais uma vez venho a Alter do Chão. Entenderam?
Bosco,
Prometo provar as iguarias da Terra do Meio.
Um grande abraço.

Luzia Almeida

terça-feira, 15 de julho de 2014

O que é felicidade?

Essa pergunta quase chega a ser sinistra: como assim?
Felicidade não é pra todo mundo, deveria ser, mas algumas pessoas descartam essa possibilidade a partir de torneios que se não têm o resultado. Jogam. Apostam.
Felicidade não pode ser a conquista de um prêmio porque no dia seguinte já é o amanhã e o dia do prêmio passou a ser ontem. Entenderam? Não?
Por exemplo.
Eu não jogo. Não me venha com este negócio de sena, de mega sena, de tantas senas... 
Vou tentar de novo.
Quem joga pode ganhar, mas não é esta a questão. Por que a pessoa precisa ganhar um prêmio pra ser feliz? Há meios de ser feliz e são meios simples... Por exemplo:
PAZ, HONESTIDADE, COMPAIXÃO,...
Eu quero dizer que pra ser feliz você não precisa ter, você precisa ser gente boa.
Eu não posso entender uma pessoa que não pense dessa maneira e viva nas casas lotéricas. Ou use outros meios... não posso entender isso.
Ainda agora, quando lia CRIME E CASTIGO pela terceira vez, descobri que o meu querido DOSTOIÉVSKI também tinha este pensamento e daí ele traça todo um esquema envolvendo a humanidade e lá no meio do livro ele cita sabe quem? LÁZARO. É espetacular quando Sônia lê esta passagem do Evangelho para o Raskólnikov. É lindo!...
Eu sou feliz sem ter realizado alguns sonhos e, se não realizá-los... Problema meu! Continuo feliz!... Continuo acreditando na bondade, na justiça, na misericórdia e em tudo o que lembra a eternidade. Não posso ser feliz vivendo somente aqui e agora.
A eternidade tem que ser maior que as 24 horas que me acometem diariamente. E sigo...

Um grande abraço.

Uma vontade de escrever, deu nisso!...

                                    Luzia Almeida


 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Tetê à vista

Em pleno julho, minhas mãos procuram as teclas do meu note numa ânsia de náufrago. É sempre assim. Um mistério que vai se traduzindo em palavras.
Palavras que procuram outras como agora.
Palavras que se mesclam formando um mosaico de sonhos. 
Coloridos, prateados, dourados... Todos os sonhos da escritora Luzia Almeida.
Sonhos que trago desde a infância: uma ambição literária. Um projeto linguístico abrangente, dormente, fascinante e, pasmem!..., um projeto que se realiza apesar dos pesares. 
Eu, toda envolvida com gente, GENTE BONITA, e vários sorrisos. Eita, Luzia!...
Em Alter, eu, com certeza, estou aprontando para que meus dois livros não fiquem "um olhando pro outro", mas para que formem uma roda, um roda muito grande, uma ciranda de ideias, que é uma das maneira que descobri para comunicar este amor que tenho pelas pessoas. Eu gosto de gente, de livros, de casas e de árvores.
Um grande abraço...
Até o próximo livro, meu Tetê. 
Viram? O Trapiche é meu primogênito, Os Inesquecíveis é o meu Segundinho. Agora é tempo do Tetê.
Outro abraço.
***
Luzia Almeida

sábado, 21 de junho de 2014

Luzia Almeida na TROPPO


Vida de escritora não é fácil, é facílima!... É só pegar a caneta e começar a escrever. Agora... publicar o que se escreveu é que são elas!...
Então... a mídia dá uma força. Foi o que O LIBERAL fez neste domingo, dia 22 de junho, no caderno TROPPO. Apresentou meu trabalho e mais as indicações de leitura. Tudo de que gosto: gente, livro, câmara. Eras!... Foi lindo! Foi maravilhoso!...
O LIBERAL já havia apresentado meus projetos em três artigos maravilhosos. E agora, resolveu apresentar a escritora e suas leituras. Eu indiquei a BÍBLIA, a Palavra de DEUS que restaura a alma da gente. Apresentei DOSTOIÉVSKI que é meu escritor preferido: humanidade em pessoa. E apresentei o TRAPICHE que é o meu primogênito.
E estou assim: FELIZ DA VIDA!
Muita leitura nestas férias que se aproximam. Já comecei a tre-ler CRIME E CASTIGO. E seguem outras leituras à sombra dos cajueiros, à beira do Tapajós, narede depois do almoço. O que eu quero mais nesta vida?!...  Quero que todos sejam felizes com o que tem. Sejam amigos, solidários. Quero que todos digam "Bom dia" realmente desejando ao próximo um BOM DIA. E que a vida seja leve e florida. E que as mãos sejam dadas junto com os corações. Felicidade é consequência de bondade. Seja bom! Seja honesto!
É isso aí!
Estou demais feliz da conta.
              Abraços
                                   Luzia Almeida

sábado, 7 de junho de 2014

Flores à Colasanti

Hoje eu acordei pensando na Marina,  na Colasanti. Uma alegria tão grande quase me confunde: é verdade mesmo? E uma vontade de tomar café com ela. Um café bem forte e cheiroso. Quem sabe um dia a gente não se encontra num desses hotéis da vida, num desses eventos literários brasileiros... Quem sabe?!...
Acordei feliz da vida por causa dessa maravilhosa escritora. Saber que ela está em Belém é SUPER!...
Ontem eu fiz um colar pra ela. Gostaram? Eu acho que o azul fica bem nela. Acho o azul uma cor maravilhosa assim como o vermelho que é minha cor favorita. Fiz um colar, mas não era suficiente, então eu pensei em flores... De manhã eu fui atrás das orquídeas no meu quintal. Coloquei o colar do lado delas e deu nisso que vocês estão vendo. Orquídeas, sempre orquídeas, outro dia a RAQUEL GUEIROS entrou na minha sala com orquídeas... eu fiquei maravilhada. Minha querida Raquel, meu amorzinho.
É isso...
Hoje vou conhecer uma das minhas escritoras preferidas, a Colasanti, e vou levar meus livros pra ela. Tomara que ela goste do meu TRAPICHE. Tomara que ela ache meu livro INESQUECÍVEL, porque eu amo tudo o que ela escreve. Ela é um verdadeiro talento! A Marina é incrível!...
Beijo pra vocês!...
Já sabem:
Hoje às 19h no Hangar, na XVIII Feira Pan-Amazônica do Livro: MARINA COLASANTI em pessoa.
                                 Beijos
                                            ***
                                                  Luzia Almeida

sábado, 31 de maio de 2014

O Abraço

Hoje, o meu dia está assim... LINDO!...
Porque hoje é dia de festa, quer dizer, é noite de festa, 
NOITE DE AUTÓGRAFO.
Se minha mãe estivesse aqui comigo eu diria a ela:
"Mãe, eu puxei pra senhora, eu amo Literatura".
Eu também diria: "Mãe, muito obrigada pelas leituras que a senhora me deu desce que eu era pequena, leituras com o Pato Donald, com o Tio Patinhas, com o Zé Carioca com toda essa galera que me fez amar as Letras. Mãe, muito obrigada pelo bê-a-ba que me fez hoje uma escritora no Hangar, na XVIII Feira Pan-Amazônica do Livro, eu... eu... que estudei a vida toda em escola pública (República de Portugal, Cornélio de Barros, Lauro Sodré, Pedro Amazonas Pedroso) e poucos livros tinha pra ler. Queria ler mais e não tinha livros, quem tinha era a Socorrinho e ela emprestava pra mim e pra Lili. Mãe, sem saber, a senhora formou muito mais que uma leitora, a senhora formou a escritora que chora de saudade da senhora que infelizmente não está mais aqui para que eu possa abraçá-la".
Não posso e isso arrebenta com o meu coração. E as lágrimas não dão conta de tanta solidão.
Gente, é isso!...
Toda vez que eu me apresento como escritora, eu fico nessa situação de abandono. Minha mão pega a caneta para autografar os livros, mas não pode mais alcançá-la. Não é fácil essa minha lida de escritora.
Mas...
Tenho muitos amores que me curtem. Vou abraçá-los hoje com muita alegria e satisfação.
Beijo pra vocês!...

Luzia Almeida

Hoje às 19h.
Hangar, na XVIII Feira Pan-Amazônica do Livro. 
NO ESTANDE DOS ESCRITORES PARAENSES.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Ethos Russo

"Todo ato de tomar a palavra implica a construção de uma imagem de si. Não é necessário que o locutor faça seu auto-retrato, detalhe suas qualidades nem mesmo fale explicitamente de si."
SEU ESTILO:
SUAS CRENÇAS IMPLÍCITAS:
 SUAS COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS E LITERÁRIAS
 
     Quando penso em Dostoiévski quase sou feliz. Vê-lo?!... Seria a realização de um sonho... desses que guardamos apenas por teimosia, porque Dostoiévski é uma paisagem que faz com que a Terra seja um local habitável. E, sendo assim, posso caminhar na areia da praia esperando o entardecer sem pressa e sem medo.

     Quando leio Dostoiévski sou feliz porque o Sol deixou de ser uma ideia e passou a ser música que embala meus olhos. Sinestesia de vida. Sou feliz nesta condição humana que remete a conquistas seculares: mitos, mistérios, apropriações de sentidos que conjugados conspiram encantamentos em proporções gráficas lineares que percorro com os olhos numa audiência de páginas infinitas. Páginas, tantas páginas até encontrar Raskolnikov e, ao encontrá-lo, entendo a complexidade humana. Mosaico de beleza e dor. Fronteira entre razão e consciência: o crime na forma mais humana possível. Uma degradação quase aceitável nesta dialética russa capaz de me fazer esquecer o Brasil. Saudades da Rússia!...

     Quando leio Dostoiévski a metonímia abandona sua essência porque não substitui a Ponte que percorro com meu amado. Mãos dadas. São Petersburgo se tornou real, prende-me, acolhe-me. Metáfora verdadeira: sou platéia pura, toda crente, toda olhos, toda emoção. Frio que me aquece é puro paradoxo de identidade.

     O escritor não desmente sua natureza clássica. É nobre, é vivo e encanta muito além desta filosofia pós-moderna. Era fragmentada e torpe. Ele, na sua generosidade, deixou-me uma herança chamada Literatura. Aliança perfeita entre nós. 

     QUANDO é o que tenho hoje para abrigar os verbos pensar e ler. Quando penso em Dostoiévski corro e pego o livro. Ler é o que tenho. Ethos russo que me embriaga nesta cadência sonora. Sua presença é o próprio logos configurado em romance. Assim, é possível que uma lágrima seja testemunha dessa emoção chamada leitura: lógica de pathos. 

     Ler Dostoiévski é maior que a Terra e o Sol. É Metonímia de vida flagrada nestas linhas onde minha identidade se espalha. Ternura cognitiva.

     Quando penso, quando leio Dostoiévski: Existo!
    
                                                  Luzia Almeida

sábado, 17 de maio de 2014

2. O Ethos na Argumentação

     A unidade na obra Rétorica de Aristóteles parece problemática no momento em que sugere à Lógica e à Dialética - que tratam especificamente da argumentação e da persuasão - trata também de provas que fogem destes fatores, como o pathos (que se refere à plateia) e o ethos (que se refere ao orador).
     "o ethos ou caráter apropriado a cada tipo de discurso que o orador deve se preocupar em projetoar."
     "e o pathos, ou conjunto de emoções que o orador tenta suscitar em seu auditório."  
     O problema consiste a partir da ideia de que o ethos e o pathos não pertencerem à ordem argumentativa, porque são provas à parte do discurso. Como podemos notar, nem o ethos nem o pathos são constituidos por proposições (argumentos) ou crenças. Percebe-se assim que "não" participam do domínio argumentativo-cognitivo. Será? Vejamos:
                                       NÃO BEBA!
      Podemos considerar um homem que bebeu demais numa festa. Então um cavalheiro argumenta tentando convencê-lo racionalmente a parar de beber. O homem responde: "vou parar no próximo copo!". Essa resposta indica que houve um fracasso no logos (na argumentação) não produziu a ação desejada por razões independentes de sua força de persuasão. Mas, se considerarmos um cavalheiro com o caráter mais decidido ou com uma postura mais ameaçadora, poderemos conceber um outro resultado, um resultado satisfatório uma vez que a ordem estaria pautada principalmente em quem(ethos) diz e como(pathos) diz e não apenas o que se diz (logos). Nesse sentido, podemos afirmar que a argumentação fracassou. E o ethos que é a prova do orador poderia apresentar resultado positivo.
     Um outro exemplo pode ser apresentado para pensarmos na capacidade que o ser humano tem de convencer pessoas de seus sentimentos. Dizer "eu te amo" é prático, mas não brinca com as ideias e não cria imagens. O importante é a imagem do amor que pode ser representada a partir do discurso. Uma imagem de quem ama capturada no logos. Então vejamos: 
                               HAIDY IN CONCERT 
 Definir uma rosa
não seria uma coisa simples,
porque uma rosa é muito mais que uma flor.
E uma pessoa, então!...
Definir uma pessoa que nasceu feito música
e em si congrega ainda a criança-flor
é extremamente difícil,
mas, ainda assim, 
vou tentar definir minha amiga Haidy
aproveitando estes elementos.
Talvez eu consiga traduzir 
o sentimento que me ocorre.
Vejamos uma criança:
Pense numa criança
lançando muitas rosas vermelhas ao espaço,
depois pense nestas rosas vermelhas
 se transformando 
em borboletas azuis.
Estas borboletas podem subir muito alto 
mas não podem passar das nuvens
pois ao alcançá-las se transformam em notas musicais.
Pronto!
Um concerto de sorrisos. 
Música red-blue para quem ama.
As nuvens podem comportar tanta sonoridade,
mas de repente arrebenta-se uma saudade da criança
que ficou olhando pro céu.
 Isso!...
A Haidy 
é este pensamento de retorno
 aos braços da criança.
***
MUITO OBRIGADA!...

quinta-feira, 15 de maio de 2014

1. Ethos Aristotélico

 
     1. O ethos aristotélico

     A obra de Aristóteles conhecida como Ética a Nicômaco apresenta a FELICIDADE a partir de uma noção moral ou ética daí o termo ETHOS:
 "Em sendo a virtude de duas espécies: uma dianoética e outra ética; a dianoética, ademais se gera e acresce por via do ensinamento, e nem por isso necessita de experiência e de tempo; ao invés, a virtude ética provém do hábito (ethos: donde também o seu nome). 
      O Discurso apresenta três provas de sua confiabilidade: logos, pathos e ethos. O Ethos é considerado por Aristóteles como a frente mais importante:
      *Logos: o uso da razão e do raciocínio, quer indutivo ou dedutivo, para a construção de um argumento. Os apelos ao logos incluem recorrer à objetividade, estatística, matemática, lógica (por exemplo, quando um anúncio afirma que o seu produto é 37% mais eficaz do que a concorrência, está fazendo um apelo lógico); o raciocínio indutivo utiliza exemplos (históricos, míticos ou hipotéticos) para tirar conclusões; o raciocínio dedutivo usa geralmente proposições aceites para extrair conclusões específicas. Argumentos logicamente inconsistentes ou enganadores chamam-se falácias. 
     *Pathos: o uso de apelos emocionais para alterar o julgamento do público. Pode ser feito através de metáforas e outras figuras de retórica, da amplificação, ao contar uma história ou apresentar o tema de uma forma que evoca fortes emoções na platéia. Nas campanhas políticas pode-se perceber nos abraços dos políticos, nos apertos de mãos, nos sorrisos quando os políticos em campanha fazem gravações com o povo e assim procuram apresentar uma imagem simples de homem comum que se identifica com o povo.
     *Ethos: é a forma como o orador convence o público de que está qualificado para falar sobre o assunto, como o seu caráter ou autoridade podem influenciar a audiência. Pode ser feito de várias maneiras: por ser uma figura notável no domínio em causa ou por ser relacionado com o tema em questão.                         
       "Para Aristóteles, como para toda Antiguidade, os temas e o estilo escolhidos devem ser apropriados ao ethos do orador, a saber, ao seu tipo social."

      "De acordo com Heine (2011), o pensamento romano baseava-se nas ideias de Quintiliano e Cícero, famosos oradores da época, para os quais a reputação de um homem pesa mais do que suas palavras. No entanto, conforme a autora, é o pensamento grego e não o romano que lança as bases para a construção teórica da noção de ethos nos estudos linguísticos.                     
     "Entretanto como o ethos é mostrado no discurso? Dissemos é o segundo critério - que se mostra nas escolhas efetuadas pelo orador. Para Dominique Maingueneau, essas escolhas dizem respeito sobretudo à sua "maneira de se exprimir", portanto, ao plano da expressão."

     Os oradores inspiram confiança:
     (a) se seus argumentos e conselhos são sábios e razoáveis,
     (b) se argumentam honesta e sinceramente, e
     (c) se são solidários e amáveis com seus ouvintes.

     As três razões para inspirar confiança e suas traduções:
a) phrónesis - phrónimos
    razão - razoável
b) areté - epieikés/spoudaios
    virtude - honesto/sincero
c) eúnoia - eúnous
    benevolência - solidário

A virtude é definida na Ética a Nicômaco, como uma 
                              JUSTA MEDIDA
covardia               coragem                     temeridade
avareza                generosidade             prodigalidade
E(1)                       M                                E(2)
falta                      meio                           excesso
                             virtude

2. O ethos diante do logos e do pathos

     "O ethos constitui praticamente a mais importante das provas" do discurso.
     Aristóteles introduz as três "peças de convicção" a partir de um triângulo pragmático em que distingue o orador, o ouvinte e o discurso:
     "As provas fornecidas pelo discurso são de três espécies: a primeira encontra-se no ethos do orador, a segunda, no fato de colocar o ouvinte em certa disposição, a terceira, no próprio discurso (logos), uma vez que ele demonstra ou parece demonstrar."

     Aristóteles pode dizer que a retórica é uma espécie de "ramificaçãoda dialética e da ética", o que leva a distinguir dois blocos de convicção:
LOGOS                            ETHOS
inferencial          habitus-virtude-caráter
raciocínio                        PATHOS
argumentação               paixão, afeto 

3. O ethos na pragmática moderna

     O ethos como problemática e campo de pesquisa específicos está praticamente ausente da pragmática linguística. 
   
 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

a arte fora de si

Olhei-me no espelho e descobri que havia perdido o rosto. O meu rosto feminino. O que fazer agora com este rosto masculino e desesperado. Correr? Correr pra onde com estas ondas imagéticas a atormentar-me? Gritar pra quê? Apenas sons roucos perdidos na garganta feito ideias pseudo-místicas contemplam minha insanidade.
Gritaria por um conceito definido. 
Correria atrás de uma definição, mas sem meu rosto como achar a fonte do que é legítimo?!...
Gritar, verbo despido de vergonha.
Correr e gritar nesta era de angústias contemporâneas que arrebenta identidades.
O que eu sou?
Pra quê existo sem rosto?
Minha identidade perde-se neste mar profundo, solidão. 
Ah!... Que saudade dos Mecenas!... Bom tempo de muita paz!...
Ah! Meu peito arrebenta-se nesta aquarela de existir. Mosaico torpe sem luz: existir ou não? Eis a questão!...
Vontade de nascer mil vezes repartindo o tempo sem as marcas da razão.
Tempo e razão me coroaram num passado distante.
Hoje, sem meu rosto, perco-me como uma meretriz. Beira de estrada. Identidade coberta de tanta poeira.
Ficou apenas o dinheiro a olhar-me com desprezo.
E eu, perdida para sempre, acho-me neste campo de concentração, último estágio do poder.
Eu era a Arte, agora não tenho orelha.
                                             ***
                                              Luzia Almeida

sexta-feira, 18 de abril de 2014

a arte cheia de si

Luzia:
Eu sou a Arte. Eu, que ponho a alma dos homens na ponta de uma caneta. Todos os mistérios, todos os encantos, todas as ciências são pó ao vento diante da ficção que se apropria da mente humana.
Eu que com letras tornei-me Palavra no campo da emoção. Uma possibilidade metalinguística-sensorial: a poesia, grau absoluto de beleza.

"Eu faço versos como quem chora
de desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre.
Deixando um acre sabor na boca.

Eu faço versos como quem morre."

A poesia é a BANDEIRA da humanidade por excelência.
Todos os tempos, todas as épocas estão respaldadas e marcadas por grandes mestres. DOSTÓIEVSKI, KAFKA, OSCAR WILDE, SHAKESPEARE, CAMÕES e tantos outros fizeram do homem um ser superior e assim puderam chorar alegrias de um "mar nunca antes navegado" e um amor que se eternizou na família dos Capuletos.
Não há o que dizer!... É indiscutível minha importância nas Civilizações. Eu sou a Arte; eu, a Literatura.
Natália:
Estás louca! Eu sou a Arte!... Ou melhor, sou Arte Pura. O que seria do texto sem o som? Barulho apenas. Um corpo sem alma e nada mais do que isso. O que seria o mundo sem Mozart, sem Bach, sem Beethoven? Sem a magia da Música o mundo seria um grande vazio com homens pela metade. A Pastoral estabeleu o conceito de existência para que os sonhos não dependessem do verbo dormir. Sonhar é próprio do ser humano, por isso o piano se tornou realidade, assim como a flauta que imita a cascata que desce da montanha.
Quando eu canto, existo na harmonia da natureza. Cantar é verbo da alma. Pureza feito notas para acender a vida. Quanto a isso, nem os pássaros se enganam.
Eu sou a Arte. Eu que sou capaz de despertar os sonhos mais nobres dos homens com acordes de mel. 
O amor só existe por causa da melodia!... O amor... O amor... L'Amour...
Lucinha:
Vocês estão fora de si! Eu sou a Arte!... Olhem para mim! Olhem para o meu rosto e jamais ousarão comparar-se a mim que existo deste que a luz projetou-se na tela do grande Gênio. A Arte existe deste que a cor traduziu meu sorriso e nada mais. O que pode nos encantar se não for pela visão? Os tempos poderão passar, mas eu jamais passarei porque existo para que todos saibam que o Belo habita uma tela. Inexplicavelmente humana. Enigmática e viva.
Os sentidos de Arte desabrocharam nas graças de minhas cores. Eu sou a Arte. Não sou filha de Zeus, meu pai é Da Vinci. Monalisa é meu nome.
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                                                       Luzia Almeida

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O Primogênito de toda a criação


O Primogênito de toda a criação

          Pensar na dignidade de Cristo é tarefa de todo ser humano. Pensar na dignidade de Cristo a partir de sua morte e ressurreição é tarefa que sempre nos levará a humildade, pois somos tão pequenos!...
          No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. (João 1.1-5)
          Quando penso no Universo que Deus criou a partir da palavra do seu poder, eu também penso no seu filho executor, não porque Deus precisasse de alguém para ajudá-lo, mas porque Ele tinha seu Filho para fazê-lo. Porque seu Filho não poderia estar ausente no momento da Criação uma vez que todo o Universo testemunharia a sua morte e a ressurreição. A tarefa da criação precisava ser executada e o Filho bendito de Deus cumpriu para que o próprio Universo o reconhecesse como Senhor e se dobrasse ao seu mandar. Não somente os homens que foram criados à imagem de Deus. Mas o sol, a lua, as estrelas, o vento, o mar, a figueira. Tudo o que foi criado tem um Criador que também é Senhor Bendito.
          E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé? E eles possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem? (Marcos 4.38-41)
          Não é para se admirar que o vento e o mar estivessem agitados: era o próprio Senhor que estava no barco com pecadores e, o que Ele estava fazendo na popa do barco? Ele, o Senhor, o Criador, na popa de um barco! Um cachorrinho reconhece seu dono. Por que o vento e o mar não reconheceriam seu Criador?!... Um reconhecimento que causou espanto, uma vez que o Criador precisou dormir e na parte traseira de um barco, na popa. Reconhecer é uma palavra que quase foi perdida pelos discípulos. Como é que deixaram escapar a grandeza de Deus? É verdade que o Senhor estava dormindo, e dormindo ele não se comunicava, a voz calada o fazia igual aos outros homens. Será? O vento e o mar estavam agitados. Os discípulos por um instante esqueceram a grandeza do Senhor. Mas, e depois? E depois quando ele estivesse morto e pendurado numa cruz? A morte arrebataria sua dignidade? Nunca!...
          Na verdade, se o vento e mar fossem luzeiros, escureceriam de tristeza.
         Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas sobre toda a terra. Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lama sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
                                            Mateus 27.45
          Era meio dia e o sol perdeu a sua força, porque para ele não havia sentido luzir num planeta de homens maus. Mas, foi na cruz que o Senhor alcançou o coração de sua noiva e domínio e poder e majestade. Nesse sentido, devemos confirmar o Senhorio de Cristo, como o Cabeça da Igreja, uma vez que Ele mesmo já era Senhor dos homens como Criador. Como seria o Senhor da alma se não fosse também o Senhor do corpo humano. E quanto a isso, pensemos. Por que será que nossos órgãos mais importantes estão funcionando às ocultas de nossos olhos e independentes de nossas vontades. Por que não temos o controle de nossos órgãos? É porque não somos os nossos donos, não fomos criados por nós mesmos. Temos alguém que maior é que nós, que nas entranhas dos ventres de nossas mães nos formou para que proclamássemos a glória daquele que é o Primogênito de Maria e o Unigênito do Pai: o segundo Adão.
          Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia.
                                             Colossenses 1.18
          O Senhor salvou os pecadores depois de tê-los criado – sem pecado –  homens e mulheres para a sua Glória.
          Devemos adorar o Senhor na sua dignidade de Redentor, mas não devemos esquecer de dar glória a Deus porque um dia fomos criados à sua imagem e semelhança. Imagem essa que foi desfigurada pela queda de Adão e restaurada na cruz com o sangue do Cordeiro.
          Porquanto aos que antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
                                                          Romanos 8.29
          E como Cordeiro Bendito de Deus Ele inaugura a segunda criação: a Criação de adoradores. Ele ressuscitou primeiro para nos ofertar essa condição de eternidade na Glória com o Pai. A Ele, Bendito Redentor e Criador, a glória, a honra e o louvor pelos séculos dos séculos. É por isso que salmista diz:
          Levantai ó portas, as vossas cabeças;
          Levantai-vos, ó portais eternos,
          Para que entre o Rei da Glória.
          Quem é o Rei da Glória?
          O Senhor, forte e poderoso,
          O Senhor poderoso nas batalhas.
          Levantai, ó portas, as vossas cabeças;
          Levantai-vos ó portais eternos,
          Para que entre o Rei da Glória.
          Quem é esse Rei da Glória?
          O Senhor dos Exércitos,
          Ele é o Rei da Glória.
                               Salmo 24. 7-10
          O Rei da Glória perguntou a Pedro três vezes: “Pedro, tu me amas?" Para que depois pudesse dizê-lo enfaticamente, didaticamente, para que Pedro jamais esquecesse: o rebanho que apascentarás não é teu, é do Senhor. E como pastor do rebanho do Senhor, Pedro é um homem bem-aventurado. Ele pode carregar nos braços grande responsabilidade. Responsabilidade esta confiada a ele pelo próprio Senhor. É por isso que Pedro não precisa temer. O grande Pastor de Israel jamais deixará seu servo sozinho com tamanha tarefa, pelo contrário, derramará sobre sua cabeça graça sobre graça e não economizará o seu poder para que seu servo seja varão aprovado.
          Pedro, tu me amas?
          Apascenta os meus cordeiros.
          Pastoreia as minhas ovelhas.
          Apascenta as minhas ovelhas.
                                         João 21.
                                                   Luzia da Silva Almeida