sábado, 17 de maio de 2014

2. O Ethos na Argumentação

     A unidade na obra Rétorica de Aristóteles parece problemática no momento em que sugere à Lógica e à Dialética - que tratam especificamente da argumentação e da persuasão - trata também de provas que fogem destes fatores, como o pathos (que se refere à plateia) e o ethos (que se refere ao orador).
     "o ethos ou caráter apropriado a cada tipo de discurso que o orador deve se preocupar em projetoar."
     "e o pathos, ou conjunto de emoções que o orador tenta suscitar em seu auditório."  
     O problema consiste a partir da ideia de que o ethos e o pathos não pertencerem à ordem argumentativa, porque são provas à parte do discurso. Como podemos notar, nem o ethos nem o pathos são constituidos por proposições (argumentos) ou crenças. Percebe-se assim que "não" participam do domínio argumentativo-cognitivo. Será? Vejamos:
                                       NÃO BEBA!
      Podemos considerar um homem que bebeu demais numa festa. Então um cavalheiro argumenta tentando convencê-lo racionalmente a parar de beber. O homem responde: "vou parar no próximo copo!". Essa resposta indica que houve um fracasso no logos (na argumentação) não produziu a ação desejada por razões independentes de sua força de persuasão. Mas, se considerarmos um cavalheiro com o caráter mais decidido ou com uma postura mais ameaçadora, poderemos conceber um outro resultado, um resultado satisfatório uma vez que a ordem estaria pautada principalmente em quem(ethos) diz e como(pathos) diz e não apenas o que se diz (logos). Nesse sentido, podemos afirmar que a argumentação fracassou. E o ethos que é a prova do orador poderia apresentar resultado positivo.
     Um outro exemplo pode ser apresentado para pensarmos na capacidade que o ser humano tem de convencer pessoas de seus sentimentos. Dizer "eu te amo" é prático, mas não brinca com as ideias e não cria imagens. O importante é a imagem do amor que pode ser representada a partir do discurso. Uma imagem de quem ama capturada no logos. Então vejamos: 
                               HAIDY IN CONCERT 
 Definir uma rosa
não seria uma coisa simples,
porque uma rosa é muito mais que uma flor.
E uma pessoa, então!...
Definir uma pessoa que nasceu feito música
e em si congrega ainda a criança-flor
é extremamente difícil,
mas, ainda assim, 
vou tentar definir minha amiga Haidy
aproveitando estes elementos.
Talvez eu consiga traduzir 
o sentimento que me ocorre.
Vejamos uma criança:
Pense numa criança
lançando muitas rosas vermelhas ao espaço,
depois pense nestas rosas vermelhas
 se transformando 
em borboletas azuis.
Estas borboletas podem subir muito alto 
mas não podem passar das nuvens
pois ao alcançá-las se transformam em notas musicais.
Pronto!
Um concerto de sorrisos. 
Música red-blue para quem ama.
As nuvens podem comportar tanta sonoridade,
mas de repente arrebenta-se uma saudade da criança
que ficou olhando pro céu.
 Isso!...
A Haidy 
é este pensamento de retorno
 aos braços da criança.
***
MUITO OBRIGADA!...

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