terça-feira, 29 de julho de 2014

VAN GOGH É AZUL

Hoje seria um dia de perda para a humanidade, seria um dia de perda se Van Gogh não tivesse deixado sua arte.
Mas, se o dia não é de perda o que ganhamos com isso?
Ganhamos o azul que ele deixou. Legado para a humanidade. Patrimônio que nos traz um deleite incrível!
Van Gogh partiu é verdade.
Partiu, mas deixou sua mala; como algumas pessoas que deixam seu umbigo enterrado, ele foi mais esperto: deixou sua mala.
Cheia de arte. Pintou sua vida de todas as cores e as iluminou com o azul do céu. Que mais vocês querem? Um Super-Homem? Um Batman? Não, ele não voava porque não precisava. Voar pra quê? Se o pincel em cima da mesa estava sempre a convidá-lo para mais uma valsa. Ele sorria entre tímido e feliz. E aceitava aquela música colorida que já era a vida dele.
Música azul.
Música estrelada.
E assim, de pincel em flor e música estrelada, ele inaugurou os Girassóis. Somente para vivificar o amarelo que estava no canto.
E, de tantos cantos, embora  o tempo marcasse sua partida, as notas permanecem: Van Gogh desponta hoje, neste 29 de julho de 2014, aqui em Alter do Chão, amanhece nesta manhã de terça-feira com seu azul estrelado, para mais uma vez dançar com os olhos da gente, num convite indispensável de poesia visual. 
Vamos dançar? O azul já está tocando!...

Um grande abraço

LUZIA ALMEIDA
                                     Vincent Van Gogh
                                               30 de março de 1853
                                               29 de julho de 1890



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