terça-feira, 4 de outubro de 2011

Encontro no Mangal

(...) 
Igarité era a palavra.
Ela agora pensava no dia em que conheceu Henrique. Foi no Museu da Navegação. Júlia escrevia o pequeno vocabulário das embarcações da Amazônia quando ouviu a voz dele bem perto do seu ouvido. O que foi mesmo que ele disse? Ela fazia uma pesquisa, estava anotando aquelas palavras: batelão, canoa, casco, gaiola, galeota, gambarra, igarité... Ele disse no seu ouvido "embarcação maior que a montaria e menor que a galeota". Júlia assustou-se, olhou pra trás e viu e viu um moço elegante, bonito e charmoso com uma voz acentuadamente masculina. Ele prosseguiu "seu nome deriva do tupi igaia, canoa e eté, verdadeira."
Ela queria livrar-se desses pensamentos. Prosseguiu com o inquérito:
- Como ele vai reconhecê-la?
(...)
                                    ***
                                   Luzia Almeida, TRAPICHE, pag.77
  

Um comentário:

  1. Parabéns pelo conto!

    Que coloca em destaque nossas personalidades, encantamento do amor através dos personagens deste encontro no Mangal, levando-nos a refletir sobre as surpresas da vida e viver o encantamento deste teu "Trapiche".

    ResponderExcluir