quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Jefferson Guedes


Canta pra mim “uma canção perdida no universo”.
Passamos por algumas experiências na vida e não sabemos o tempo do sorriso. O tempo da alegria, o tempo de um sonho encantado de que não havíamos planejado e por conta disso, ficamos perdidos neste sorriso inesperado.

Hoje vou escrever sobre gente,  arte,  poesia e música.
A experiência de ouvir cantar – ao som do violão – uma letra de minha autoria é algo que passa do sobrenatural e vai ancorar nas bordas de uma manhã de abril.

Ouvir alguém cantando uma letra minha é um troço meio mágico. É assustador porque somos tomados de um encantamento tão grande, que definições seriam necessárias aos caminhões e mesmo a falta de argumentação seria uma montanha por conta dessa necessidade sempre do coração: VIVER.

Cada dia que se vive é o mesmo e é outro. A menos que algo aconteça e ainda assim seria o mesmo dia e outro; ainda que a música acontecesse e ainda assim seria música e poesia.
Poesia. Música. Gente.
Gente. Música. Poesia.
Trio inesperado que me fez tão feliz neste começo de ano.

Não quero ser exagerada, mas não posso.
Quando ouvi o JEFFERSON GUEDES cantando um poema de um amigo meu, pensei nesta possibilidade minha, nesse verbo meu e música. Falei pra ele nesta possibilidade e ele disse “SIM”.

Então, meus queridos...
Numa dessas manhãs de janeiro, o Jefferson chegou assim calmo e gentil como ele é. Sem pressa e sem rodeios e cantou CÓDIGO RIMADO, poema do meu livro ATRÁS DA COR e mostrou-me um azul feito dedos articulados sobre as cordas. Um céu de gente. Azul diferenciado porque ele cantou com seu perfil. Acho que ele nem sabe o quanto é GENTE BOA. Ele é uma pessoa que faz falta não pelo cargo que ocupa e, é bem interessante pensarmos na importância de uma pessoa pelo seu posto, pelo seu cargo. Não, ele é de uma simplicidade que me faz pensar em diamantes. Poderia ser uma flor, mas essa simplicidade de que falo tem um brilho duradouro, verdadeiro, valioso que a flor mesma com sua beleza não alcançaria. O tempo de uma flor é tão curto que não procederia nesta comparação a que me refiro.
O JEFFERSON GUEDES é a primeira pessoa que cantou um verso meu. Meu amigo, colega de trabalho: UM ARTISTA!
A parte de que gosto mais é esta:
Lua
Canta pra mim
Uma canção perdida...
***
Quem quer saber sobre felicidade?

Luzia Almeida

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