sábado, 26 de janeiro de 2013

a fera e o gênio

Quem não sabe ler: não é fera, é presa!...
Facilmente será enganado, facilmente será manipulado. Presa fácil dos enganadores de plantão.
Eu já poderia parar por aqui, porque meu objetivo é apresentar a importância da leitura. Mas estou ouvindo uma música agitada que está mexendo com os meus neurônios e tudo o que já li na vida vieram me espiar da janela do Conhecimento.
A música toca lá fora.
E meu repertório rebola neste texto de blog.
Bacana!... Gostei!...
Uma fera eu sou!
A música leva meus dedos neste teclado preto e velho e já me preocupo com o fim da música. O fim vai parar minhas mãos? Será que vão colocar outra mais quente? Tomara!...
Então acordo Dostoiévski. Acordo Kafka e Machado de Assis. E somos pontos soltos e atracados pelo amor à Leitura que é meu norte.
Acordados somos felizes neste fim de tarde que tudo cura.
Acordados somos felizes a partir da palavra-romance-conto-poema.
Acordei minhas feras para um baile intelectual e minhas vestes são da cor da Rússia. Com peles de bicho bem pesadas senão eu morro de frio.
Outra música agitada.
Segue o texto.
Kafka se espriguiça e pede um café: é um dos meus. Fera tipo inseto de mil pernas.
Dostoiévski o olha de soslaio e quer um chá. Sabe do meu amor, mas o ciúme é inerente ao homem, mesmo de um gênio.
Então volto-me para ele e digo palavras doces de admiradora:
TU ÉS O CARA. Ele não entende. Mas sorri do mesmo jeito nesta união feito página de livro velho.
Ele sorri, é de poucas palavras. (risos)
Eu o abraço com meu olhar de leitora faminta.
Eternamente brasileira com o coração russo e quente.
A música agora é lenta e afetada.
Que pena!...
Eu viro a página: ponto final.

***
Luzia Almeida

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