quinta-feira, 27 de setembro de 2012

TRAPICHE no Hangar

Tu és sol morno
Que se põe
Eu sou trapiche
Parado
Sofrendo calado
Embriagado de beleza
Que contigo levas.
Anoiteço
junto com a noite
quieto e parado
pensamentos soltos
de saudade
varado.
amanhece
e com a memória
de tua presença
que se aproxima...
Enlouqueço.
***
Luzia Almeida. TRAPICHE, pgs. 15 e 16
***
Ontem à noite um aluno fez uma observação sobre Tiago e Rosa Helena do conto TRAPICHE. Ele disse "Professora, a Rosa Helena tem que sofrer!..."
E eu fiquei pensando: Rosa Helena não tem culpa de não amar Tiago. O que ela pode fazer?!... Ela já foi punida ficando em Recuperação por causa do bentido trabalho de Física. Tiago se apaixonou pela pessoa errada. Segue a valsa, segue a vida, tudo segue e tudo passa. Somente o Sol ficará e, para quem tem olhos, ficará também a poesia-cor que sempre poderá ser traduzida a partir de um encantamento-luz-pôr-do-sol. Isso... se você estiver num TRAPICHE é claro! E apaixonado!...
***
Hoje estarei no Hangar (XVI Feira Pan-Amazônica do Livro) às 21h no re-lançamento do meu livro de contos TRAPICHE.
No estande dos Escritores Paraenses.
Eu espero vocês!...
Abraços
Luzia Almeida

Nenhum comentário:

Postar um comentário